quinta-feira, 12 de maio de 2016

Processos de formação das palavras.

Abaixo, seguem anexos os slides utilizados na aula de Língua Portuguesa sobre os processos de formação de palavras. Usem para estudo.
Esse slide encontra-se neste link para quem desejar fazer download!
Bons estudos!


O auto da barca do inferno em pdf


Caros alunxs e leitores,
segue abaixo o link para download do livro digital O auto da barca do inferno da autoria de Gil Vicente.
Boa leitura!

O auto da barca do inferno.pdf

sábado, 28 de novembro de 2015

Trovadorismo e suas peculiaridades



Olá caros leitores e/ou alunos,


os temas dos próximos posts estarão em torno das escolas literárias como objetivo de revisão para os queridinhos da recuperação (e caso você não seja um leitor-aluno, delicie-se aprendendo mais um pouquinho destes conteúdos).

Vamos para a primeira escola que estudamos quando passamos a ter a literatura como objeto de estudo no Ensino Médio, especificamente no 1º ano: o Trovadorismo.




Para entender qualquer processo de arte, primeiramente devemos entender o contexto histórico que rodeia o período de produção.
No Trovadorismo, estamos situados na Era Medieval ou Idade Média, período que inicia com a queda do Império Romano, século V, e finaliza-se com o surgimento do Renascimento, século XV.


Temos como sistema econômico o feudalismo que foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais. Nele, o poder concentrava-se nas mãos do senhor feudal (proprietário do feudo – uma grande extensão de terras) que, por sua vez, cedia uma proporção das terras a um vassalo, e em troca recebia proteção militar e judicial em caso de ataques e invasões. Com isto, implantava-se um instinto de total servilismo, esta relação mútua de dependência caracteriza-se como vassalagem.

Era firmado também um pacto de aliança entre os senhores feudais e a Igreja, uma vez que a ideologia dominante fundava-se na concepção de que Deus era o centro do Universo (teocentrismo) [teocentrismo = Deus como centro do universo] e a medida de todas as coisas. Cabia a ela representar no plano terreno as vontades de Deus, pregando dogmaticamente que a renúncia aos bens materiais e aos prazeres era a condição essencial para a salvação da alma, atendendo ao propósito de obter alcance da plenitude, estando no Paraíso.
Tal poder coercitivo fundamentava-se no Santo Ofício (ou Santa Inquisição), que julgava e, na maioria das vezes, condenava sumariamente à morte aquelas pessoas acusadas de heresia, ou seja, o ato de atentar contra os preceitos da fé cristã.
(Perceba que daqui pra frente, a igreja terá uma presença muito forte nos demais acontecimentos e produções literárias)


- Ok, Julianne, mas onde entra literatura nisso tudo? 


Calminha, gente. Já ela chega...

Então, como o texto contava, a Igreja, neste período, tinha um poder muito forte em todas as esferas sociais. Isso tudo vivenciado em contexto europeu, pois até aqui o Novo Mundo não era ainda alvo das descobertas. Continuando...


A partir do século XII iniciou-se um novo período fortemente caracterizado pela reativação do comércio, possibilitando o crescimento econômico e renovando a cultura.
Tal período refere-se à expansão propriamente dita do trovadorismo em Portugal, época em que o país conquistou sua independência política, mais precisamente no século XII. (aqui começamos a entender o nascer do processo literário trovadoresco)

As produções literárias que a ele se concernem são chamadas de cantigas trovadorescas, cuja característica se finda em composições poéticas cantadas e acompanhadas por instrumentos musicais, dentre eles, viola, lira, harpa, flauta, alaúde e pandeiro.


- Tá, tá ok. Mas como chamamos quem compõe essas paradas todas com harpa e etc?

Maravilhosos, é simples. Os compositores eram chamados de trovadores. Mas, calma, vamos voltar ao texto e entender mais sobre estes.


Dentro do que seriam os trovadores, existia uma hierarquia cuja diferença pautava-se pela função desempenhada pela interpretação, funcionando como uma espécie de status.

Havia os trovadores, poetas das cortes feudais que compunham as canções sem nenhuma preocupação com retorno financeiro;


os jograis, segréis ou menestréis que eram homens com condição social inferior, que iam de castelo em castelo, no intuito de entreter a nobreza, exigindo, com isso, alguma forma de pagamento;


e, por fim, a soldadeira ou jogralesca, moça que dançava, tocava castanhola ou pandeiro e cantava.


Entre as cantigas que se destacaram no presente período figuram-se dois importantes grupos: a cantiga lírica e a cantiga satírica, cujo idioma predominante era o galego-português.

Agora sim, vamos estudar as subdivisões das cantigas trovadorescas!

A cantiga lírica, oriunda de Provença, região Sul da França, refletia a estrutura da sociedade feudal, na qual a vassalagem voltava-se para as relações amorosas, ora materializadas pelas cantigas de amor em que o falante declara seu amor por uma dama da corte, expresso pela coita de amor, uma espécie de sofrimento em razão da impossibilidade da realização amorosa, haja vista a divergência entre as classes sociais: ela é esposa ou filha de um nobre e ele, um servo. Em virtude dessa não realização, o sentimento corrobora-se em sofrimento por parte do enunciador, tornando-se prisioneiro de uma paixão inatingível. (Aqui percebemos a influências das relações feudalistas em conexão com a forma de amor da época, o homem como um vassalo do amor.)

As cantigas de amor são constituídas de:
  • versos rimados; 
  • versos agrupados geralmente em duas ou três estrofes; 
  • divide-se em dois tipos: cantigas de amor de refrão e cantigas de amor de maestria (sem refrão). 
Como exemplo, temos esta tão famosa cantiga de amor de Dom Dinis:



Para a atualidade, muitas músicas poderiam assemelhar-se a essa temática vinda das cantigas de amor. Anna Júlia, da banda Los Hermanos, é um bom exemplo de cantiga de amor. Por que? Ouça! 



A cantiga lírica também subdivide-se em outra vertente: as cantigas de amigo. Originária da Península Ibérica, retratava a vida nos arredores dos palácios, no campo e nas vilas em formação. Nela o trovador assume o ponto de vista da mulher, apresentando-se como enunciador feminino, havendo uma igualdade social preconizada pelos pares envolvidos. A cantiga de amigo pode ser vista como uma variação da cantiga de amor, onde o poeta dá a versão feminina do amor.

No que se refere aos aspectos formais, as cantigas de amigo apresentam: 
  • linguagem e estrutura mais simples que as cantigas de amor; 
  • presença de diálogos, tendo Deus e os elementos da natureza como receptores da enunciação; 
  • a refinada corte não é mais o ambiente dos versos e sim os ambientes campesinos, nos quais a mulher ocupa a posição de camponesa. 
Um exemplo claro do que seria a cantiga de amigo naquela época:


E aqui seria possível trazer algo de atual que se assemelhe ao que as cantigas de amigo propunham? Sim!!! E lá vem Caetano!


Na música de Peninha, interpretada lindamente por Caetano Veloso, os elementos da cantiga de amigo, são incorporados no modo como o eu-lírico se dirige à pessoa amada distante, embora aqui os papéis estejam inversos: o eu-poético que se ressente da solidão não é mulher, e sim o homem. A voz masculina já não se manifesta cheia de cerimônias como na cantiga de amor. E a impossibilidade de realização amorosa se dá pela ausência da musa e não por proibições de classe ou pela condição adulterina do amor imposta pelo sacramento matrimonial.

Agora vamos para a segunda subdivisão das cantigas trovadores, as cantigas satíricas.

As cantigas satíricas revelam o mundo boêmio e marginal vivido pelos jograis, fidalgos, bailarinas e artistas da corte, o qual era representado por um código de ética próprio, dispondo-se de hábitos e costumes de modo não convencional perante à sociedade vigente. Entre elas destacam-se dois tipos: a de escárnio e a de maldizer, cuja temática pauta-se pela crítica mordaz a seres sociais, como homens sovinas, padres e bispos devassos, pobretões que viviam de aparência, mulheres feias, adúlteros, bêbados e maus jograis. 

Aqui temos um exemplo do que seria, simultaneamente, uma cantiga de escárnio e maldizer:


As cantigas de escárnio constituíam-se de uma crítica indireta, sutil, retratadas por uma linguagem mais velada, revestidas por um toque de conotação. Neste caso, não era revelado o nome da pessoa criticada.

Simmm, gente! Pasmem! Beijinho no Ombro poderia sim ser considerada uma cantiga de escárnio contemporânea. Querem argumento maior do que o constante uso de ironias e indiretas durante toda a letra? Beijinho no ombro de quem não acreditava que o funk pode nos trazer algo de cultura!




As cantigas de maldizer eram aquelas em que a crítica se dava de forma direta, mencionando o nome da pessoa; eram compostas por uma linguagem mesquinha, repleta de palavrões que se tendiam para a obscenidade.

Renato Russo, critica ferozmente a desordem do nosso sistema político brasileiro e cita claramente a quem destina essas críticas, podendo tornar-se uma canção de maldizer que desbrava as feridas do Brasil.




Então, meus caros, ficou um pouco claro do que se tratou esse movimento e de que como a maioria dos movimentos artísticos-literários, como este, ainda existem nas produções atuais através de suas características comuns a outras músicas/letras dos nossos artistas contemporâneos? Qualquer dúvida, deixem um comentário ou enviem-me um email ;)

Concluímos hoje um determinado período da literatura. Próximo post tem mais. 

Bjks!



Vlog de alunos do IFCE-Crateús trata da LP de forma criativa e dinâmica

Leitores ou caros alunos,

surgiu um novo canal no Youtube ma-ra-vi-lho-so criado pelos alunos do 2º semestre do curso de Letras do IFCE - Crateús que vem tratar sobre a origem da nossa Língua Portuguesa e outros assuntos que a circundam. 
De forma dinâmica, bem didática e criativa (e até divertida), os vídeos explicam os caminhos que a nossa língua percorreu para chegar até o que falamos hoje. 
O canal já conta com a postagem de 5 vídeos que falam desde a época dos romanos e seu consagrado latim até as diferenças existentes entre o português brasileiro e o português europeu.
Segue o último vídeo do canal, vale muito a pena conferir e acompanhar.







terça-feira, 22 de setembro de 2015

TRABALHO BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA

Caros alunos,
O trabalho bimestral deve ser impresso e entregue no prazo de 10 dias a contar do dia 22 de outubro (hoje).
São apenas questões com assuntos tratados nas aulas de Língua Portuguesa e Literatura para resolução INDIVIDUAL.
Em caso de dúvida, procure-me ou envie-me um email.
;)
Trabalho Bimestral - Scribd

ou

Trabalho Bimestral - Google Docs